O Rio Côa é o curso de água mais importante que passa pelo Conselho do Sabugal. Ele serviu de fronteira a Portugal até ao tratado de Alcanizes e talvez esse facto e essa espécie de fronteira natural faça com que existam algumas diferenças de carácter entre as populações do concelho mais próximas da actual fronteira e mais afastadas da mesma.
O Côa nasce na freguesia de Fóios, na Serra das Mesas, já próximo da fronteira com a Espanha e é um dos poucos rios que correm de Sul para Norte até desaguar no Rio Douro, próximo da cidade de Vila Nova de Foz Côa. A designação devesse ao facto de antigamente aí se encontrarem quatro bispados, dois de Portugal e dois de Espanha.
Já bem perto da nascente encontravam-se, em tempos, moinhos que muitos pães ajudaram a fazer.
O Côa é também a referência para a designação de muitas localidades do Concelho:
Quadrazais (Coadrazaes)
Rapoula do Côa
Seixo do Côa
Cerdeira do Côa ...
Desde a antiguidade que o Vale do Côa serviu de guarida a populações. As suas águas serviram para irrigar lameiros e campos de cultivo, fazendo com que as suas margens fossem verdadeiros viveiros da economia das localidades por onde passa. Nos últimos anos foram aparecendo as praias fluviais de que a do Sabugal é um bom exemplo, para além da dos Fóios,
"Não há trutas como as do Côa!", costuma ouvir-se aos entendidos.
As inigualáveis condições naturais deram origem, a uma exploração de trutas que fornece das ditas muitos restaurantes da região junto a Vale de Espinho
No entanto as trutas não são as únicas espécies a serem aproveitadas, existindo também os barbos, os bordalos e as bogas.
Se outra coisa não houvesse, as paisagens deslumbrantes que o Côa nos proporciona merecem uma visita.